Entre os dias 24 de setembro e 8 de outubro, a Inspirali, vertical de Medicina da Ânima Educação, realizou a expedição inaugural do Projeto Missão Amazônia, uma iniciativa inédita que, nesta primeira edição, levou 30 estudantes de seis escolas de Medicina do grupo, supervisionados por 10 professores, para oferecer atendimento médico in loco e via telemedicina para mais de 10 comunidades ribeirinhas situadas nos municípios de Santarém, Aveiro e Belterra, no Pará. O objetivo, além de levar atendimento e orientação médica aos moradores da região, foi proporcionar aos alunos uma abordagem humanizada da Medicina.

Na Universidade Anhembi Morumbi, as estudantes Natalia Fontanari Callegaretti dos Santos, Camila Guardia Sutilo e Fernanda da Rocha Pasquini foram selecionadas dentre o contingente dos que estão nos últimos anos da graduação em Medicina, e as atividades durante a missão envolveram grupos de alunos de times formados por estudantes de instituições diferentes, a fim de proporcionar o máximo possível de troca de experiências e aprendizado.

O barco-hospital Abaré, a bordo do qual a expedição navegou pelo rio Tapajós, possui estrutura para atendimento clínico e odontológico: são quatro consultórios, sala para pequenas cirurgias e estrutura de laboratório para análises clínicas e radiografias, além de acomodações para os integrantes da missão. A embarcação, de baixo calado, é própria para navegar em rios mais rasos, o que lhe permite chegar a mais comunidades, e foi utilizada em todas as expedições do projeto. A Prefeitura de Belterra destacou uma equipe de estratégia de saúde da família para também participar da expedição, propiciando a atuação conjunta dos profissionais locais com estudantes e professores da Inspirali.

No barco-hospital Abaré II foram realizadas consultas, exames e pequenas cirurgias.

As alunas foram recepcionadas e homenageadas na terça-feira (18), pela coordenação do curso de Medicina e equipe do campus Mooca, num almoço de boas-vindas e encerramento do projeto.

Sobre o projeto

O Projeto Missão Amazônia abrange premissas surgidas a partir do advento da pandemia de Covid-19, como a necessidade da Saúde Única, abordagem que prevê a associação das saúdes humana, animal e ambiental de forma indissociável, com soluções analisadas de forma conjunta.

O projeto também trata da questão da mortalidade infantil. Belterra, cidade que fica a mais de 700 km de Belém, a capital paraense, tem hoje um dos mais altos índices neste aspecto: 19,1 óbitos a cada 1 mil nascidos vivos (no Brasil, são 12 por 1 mil). A expedição levou orientações aos moradores e ações básicas de prevenção e promoção da saúde, de maneira a contribuir para a redução do índice.