O que faz um arquiteto, afinal? Ele desenha? Projeta interiores? Decide como os espaços de uma construção se encaixam? Na verdade, não é exagero dizer que esse profissional faz tudo isso — e muito mais.
Para explicar melhor essa afirmação, mostraremos as principais funções de um arquiteto e como essas tarefas se relacionam com o panorama geral da profissão. Além disso, será possível conhecer um pouco mais do mercado brasileiro e as oportunidades na área. Venha conosco!
O mercado de Arquitetura e Urbanismo
O panorama dos profissionais do Brasil mostra que eles se dividem em diferentes categorias. Algumas áreas de atuação têm se destacado e atraído profissionais, como o Design de Interiores e projetos de automação residencial.
Além disso, há uma tendência de trabalho autônomo na área. Vamos a alguns dados que comprovam essa teoria: cerca de 51% dos profissionais optam por empreender por conta própria, enquanto outros 13% são donos de negócios no ramo. As informações são do II Censo das Arquitetas e Arquitetos e Urbanistas do Brasil .
O censo ainda traz algumas curiosidades interessantes. A idade média do arquiteto brasileiro é de 35 anos. Os profissionais entrevistados gostam da profissão que exercem e acreditam que o mercado pode crescer mais nos próximos anos.
Hoje, aproximadamente 6.500 pessoas se juntam a esse mercado de trabalho no Brasil . Isso mostra que a área é concorrida e que é preciso se destacar por meio de uma boa formação acadêmica , que capacite o profissional para atuar em diversos nichos.
As atividades do dia a dia do arquiteto
Chegou o momento de falar sobre algumas das principais tarefas desse profissional. Vale lembrar que nem todos os graduados desempenham as mesmas funções , uma vez que há diferentes nichos de atuação e cargos.
De qualquer modo, confira algumas das atividades que fazem parte do dia a dia de arquitetos em todo o país!
Apresentação de ideias
O trabalho do arquiteto começa com uma interação com a pessoa que solicita um projeto , de modo a entender as necessidades e preferências do cliente.
Algumas pessoas querem construir uma casa do zero, outras querem uma reforma residencial ou de um ambiente corporativo. Esse contato inicial é importante para discutir o número de cômodos, o estilo, o orçamento disponível, entre outras ideias.
Desenvolvimento de projetos
Com base nas informações colhidas durante o encontro com o cliente (que também pode envolver uma visita ao local), o arquiteto começará a elaborar o panorama geral.
O projeto arquitetônico é um conjunto de plantas e desenhos que sinalizam como será a construção — por dentro e por fora. Ele leva em conta alguns aspectos:
- aparência do projeto;
- praticidade , já que a obra precisa ser funcional para seus usuários;
- medidas de segurança, de modo a proteger quem entra e quem fica nos arredores da construção;
- eficiência energética . Alguns nichos, como a Arquitetura Verde, buscam aproveitar ao máximo a luz e os recursos naturais dos arredores;
- impacto ambiental. A construção deve gerar o mínimo de danos à natureza. Para isso, é importante utilizar materiais recicláveis e/ou renováveis.
Reuniões
Esses encontros também podem fazer parte do dia a dia do arquiteto, seja em novos encontros com o cliente, seja com a equipe de um determinado projeto.
Vale notar que esses profissionais também podem atuar em conjunto com engenheiros civis, por exemplo.
Desenhos técnicos
O arquiteto também pode se responsabilizar pelas representações gráficas de um determinado projeto, que serve para orientar a execução geral de uma obra.
Além disso, o desenho técnico serve como uma ferramenta de comunicação com os profissionais que também fazem parte do projeto, como outros arquitetos, designers e engenheiros.
Os arquitetos utilizam programas de design (conhecidos como CAD) para criar desenhos precisos e projetos. Também é comum que alguns esboços sejam feitos à mão, principalmente por aqueles que têm facilidade para essa representação.
Modelagem 3D
Arquitetos utilizam essas opções para gerar representações virtuais de edifícios, paisagens e interiores. A tecnologia é muito útil para proporcionar uma visualização aproximada do projeto final, evitar problemas de conflito de espaço e comunicar a visão do profissional ao cliente, entre outros benefícios.
Organização de cronograma
Além da possibilidade de registrar previamente as suas tarefas para atender a todos os seus compromissos, o arquiteto precisa definir as atividades de uma obra .
O cronograma de obra é uma ferramenta fundamental nesse sentido, já que ajuda a garantir que o projeto seja entregue dentro do prazo acordado com o cliente. Ele prevê o tempo de execução de cada etapa e os recursos necessários para tocar as atividades.
Acompanhamento de obras
O arquiteto pode atuar como um coordenador durante a execução de cada projeto, fiscalizando a qualidade dos trabalhos e garantindo que os prazos estabelecidos junto à equipe de construção estejam sendo cumpridos .
Além disso, o profissional está capacitado para resolver quaisquer problemas que possam surgir durante as obras. Algo comum é a falta de materiais, que precisa ser resolvida rapidamente para evitar atrasos significativos ou o desperdício de algum outro insumo que fique parado durante esse impasse.
Pesquisa e atualização
A Arquitetura é uma daquelas áreas que demandam preparo contínuo, e o profissional que quer se destacar no mercado precisa ser um estudante implacável.
Uma dica é ficar atento às atualizações do setor, acompanhando as tecnologias que surgem e as tendências de nicho dentro da Arquitetura . Para quem se interessa em trabalhar no setor público, ficar de olho nos concursos abertos também é uma boa ideia — principalmente para quem se interessa por Urbanismo, o planejamento de regiões.
As ferramentas e tecnologias utilizadas
Alguns dos recursos mais modernos usados pelos arquitetos são os seguintes:
- impressão 3D — é utilizada para gerar modelos físicos e protótipos de materiais, principalmente insumos sustentáveis;
- design paramétrico — ferramenta digital, que facilita a criação de modelos tridimensionais em projetos de Arquitetura;
- ferramentas de luminotécnica — recursos que proporcionam o planejamento da iluminação artificial de um ambiente;
- ferramentas de automação residencial — recursos que permitem que os usuários de um determinado ambiente possam realizar atividades remotas, como ligar ou desligar um ar-condicionado, liberar a entrada de visitantes, apagar as luzes, entre outros;
- tecnologias CAD — utilizadas para criar projetos e desenhos, substituindo as técnicas manuais de desenho e esboço.
Agora que vimos o que faz um arquiteto e conhecemos seus principais instrumentos de trabalho, temos uma perspectiva mais ampla do dia a dia da profissão. A rotina é dinâmica e envolvente, exigindo criatividade, resiliência e conhecimento técnico dos graduados .
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