Afinal de contas, o que é resiliência? Essa é uma competência que pode trazer diversas vantagens para as mais variadas áreas da vida — profissional, pessoal e acadêmica.
Por esse motivo, saber como desenvolvê-la é muito importante para quem busca bons resultados em diferentes demandas. Além disso, ter essa característica atrelada à personalidade permite o desenvolvimento de uma rotina mais equilibrada e a manutenção da boa saúde mental.
Quer entender por que tudo isso acontece ao trabalhar a resiliência? Então, acompanhe este post e saiba do que estamos falando!
O que é resiliência?
Basicamente, é o nome dado à capacidade de se adaptar em qualquer tipo de situação. O termo é originário da Física e utilizado para falar sobre o comportamento de alguns materiais.
No entanto, devido à descrição do conceito ser tão apropriada para um conjunto de habilidades pessoais, passou a ser usado também para se referir a determinadas características de personalidade.
Diante das adversidades, uma pessoa utiliza a própria força interior para se recuperar dos danos e ultrapassar os obstáculos. Consequentemente, isso permite lidar melhor com conflitos e imprevistos, sem se abalar ou sofrer muito com o estresse.
A resiliência não pode ser confundida com a resistência a mudanças. Na verdade, a pessoa dotada dessa qualidade consegue se adaptar rapidamente a novos cenários e desafios — e não fugir deles por completo.
Resiliência também não significa resignação, que seria a atitude de aceitar passivamente qualquer dificuldade, sem tentar modificar o cenário ou buscar alternativas.
Os Cs da resiliência
Os princípios básicos dessa característica, que começam com a mesma letra, facilitam a compreensão:
- competência — a capacidade e o conhecimento técnico para lidar com problemas e desafios;
- confiança — permite acreditar em si mesmo, principalmente quando o C anterior é desenvolvido;
- conexão — representa a manutenção da saúde mental, a capacidade de entrar em contato consigo mesmo;
- caráter — a responsabilidade de assumir os próprios atos;
- contribuição — a capacidade de contribuir para o bem comum, como em tarefas em equipe, tanto na faculdade como no dia a dia profissional;
- combate — a coragem para bater de frente com os desafios e obstáculos;
- controle — com todas as atribuições anteriores reunidas, a tendência é ter serenidade e tranquilidade para tomar as melhores decisões.
Quais são as características de uma pessoa resiliente?
Confira alguns dos traços dessas pessoas:
- autoconfiança e autoconhecimento — resilientes são pessoas que “confiam no próprio taco” e não se abalam facilmente com insucessos;
- capacidade de tomar a iniciativa — justamente por serem autoconfiantes, não hesitam em iniciar atividades e projetos obrigatórios;
- aprendizado contínuo — resilientes aprendem com os próprios erros e estão sempre se aperfeiçoando para evitar que as falhas não ocorram novamente;
- jogo de cintura e flexibilidade para lidar com diferentes contextos — em especial, aqueles mais desafiadores, como atividades em grupo;
- capacidade de lidar com frustrações — a resiliência é uma habilidade socioemocional que permite que a pessoa se recomponha rapidamente de um fracasso ou um triunfo, por exemplo, e parta para o próximo desafio;
- positividade — nesse caso, não se trata necessariamente de otimismo vazio frente a um desafio. Os resilientes apenas reconhecem que um determinado obstáculo pode ser removido. Eles evitam o derrotismo antecipado e encaram os obstáculos como uma forma de adquirir aprendizado e experiência, tanto na faculdade como na vida profissional;
- bom desempenho em situações difíceis — a persistência em encarar um problema por diferentes vieses, assim como a tentativa de diferentes soluções, tende a aumentar a margem de acerto dos resilientes;
- criatividade e intuição — a pessoa resiliente é flexível o suficiente para buscar novas formas de solucionar um problema.
Caso reúna algumas dessas características, você é uma pessoa resiliente — ou, ao menos, é alguém que não se frustra facilmente e está sempre pronto para mais uma batalha!
Como a resiliência pode ajudar na vida pessoal, profissional e acadêmica?
Que tal ver como a competência pode ser aplicada na vida de um indivíduo, de diversas maneiras? A seguir, confira como a resiliência pode ajudar em diferentes aspectos do cotidiano!
Vida pessoal
Essa habilidade socioemocional garante o desenvolvimento de estratégias para controlar melhor os sentimentos e manter uma postura mesmo em cenários complexos.
Essa regulação emocional é fundamental para diversas tarefas, como cuidar da saúde mental , evitar brigas e desentendimentos, diminuir o estresse e a ansiedade no dia a dia. Além disso, a resiliência garante uma boa organização dos pensamentos, permitindo a visualização de um contexto por diferentes perspectivas.
Ser uma pessoa mais resiliente favorece a gestão de tempo , a definição de prioridades e a administração dos compromissos — características essenciais para otimizar a rotina.
Vida profissional
Para começar, essa capacidade ajuda um empreendedor, ou um funcionário, a ser mais corajoso na hora de agir (dentro ou fora do ambiente de trabalho), o que leva a escolhas mais certeiras.
Vale ressaltar que o perfil de alguém resiliente se destaca com mais facilidade dentro do trabalho, principalmente em dinâmicas de grupo . Por mais que a pessoa se sinta insegura em momentos desafiadores, consegue encontrar soluções para contornar a situação, atraindo a atenção de recrutadores e líderes.
A resiliência também é uma ótima habilidade para quem deseja ocupar um cargo de liderança . Afinal, posições de gerenciamento envolvem decisões rápidas e acertadas. Ao saber como se adaptar de diversas maneiras, é possível ter ideias inovadoras e fazer melhores escolhas.
Vida acadêmica
Ser um aluno resiliente também é vantajoso. Isso ajuda em diversos aspectos da rotina de estudos , como evitar a procrastinação , melhorar a produtividade, ter um bom desempenho acadêmico, entre outros.
Até mesmo na escolha do curso, a resiliência é capaz de ajudar. Isso porque, para desenvolvê-la, a pessoa começa a se conhecer melhor, levando também ao autoconhecimento profissional, excelente para tomar decisões de carreira.
Outro ponto de destaque é que a rotina de estudos , em diversos momentos, pode se tornar cansativa e desanimadora. Ser um estudante resiliente, no entanto, permite não perder a motivação e o foco em bons resultados.
Como ser mais resiliente no trabalho e na vida acadêmica?
Já que essa competência é tão relevante para o sucesso profissional e acadêmico, nada melhor do que saber como desenvolvê-la, não é mesmo? A seguir, confira algumas dicas para se tornar mais resiliente.
Seja uma pessoa adaptável
Para se encaixar em diferentes contextos, é importante se permitir, de vez em quando, sair da zona de conforto. Quando isso acontece, o indivíduo começa a criar estratégias para lidar, de forma saudável e equilibrada, com situações a que não está acostumado (eventualmente, isso se torna um hábito).
Na vida acadêmica, por exemplo, é possível explorar Unidades Curriculares optativas e descobrir novos talentos e coisas das quais os estudantes ainda nem sabia que gostava. Tudo isso enriquece o futuro portfólio profissional.
Aprenda com as situações
Sabe aquele evento tão planejado, mas que acabou saindo totalmente do controle? Ou determinada ocasião que foi subestimada, porém trouxe ótimos retornos? Tudo isso pode conter algum ensinamento.
Aprender com situações favoráveis e desfavoráveis é importante. Isso ajuda, inclusive, a desenvolver táticas para se adaptar aos diferentes contextos. Desse modo, é possível ser mais resiliente.
Isso é especialmente importante na vida acadêmica e na rotina profissional, uma vez que cada erro não deve ser tomado como um tropeço — e sim como mais uma fonte de aprendizado para fazer melhor mais à frente.
Procure formas de liberar o estresse e a tensão
Quando a mente está cheia de pensamentos negativos — ou em momentos de estresse —, tudo fica mais difícil, concorda?
Por isso é importante encontrar estratégias para aliviar o nervosismo e a ansiedade. Técnicas de respiração, meditação, escrita, desabafos, psicoterapia: todas essas são atividades úteis para essa finalidade.
Confie em si
Ter segurança nos próprios atos é fundamental para desenvolver a resiliência. Afinal, em alguns momentos, é preciso ter ousadia e coragem para agir de acordo com as soluções encontradas para se adaptar.
Na vida profissional, a autoconfiança possibilita encontrar soluções diferentes para um determinado problema — em vez de simplesmente repetir tudo o que os outros já fazem. Com base em conhecimento técnico, é possível introduzir ideias para melhorar o que está sendo feito.
Tenha bases de apoio
Ninguém precisa passar por processos complicados sem companhia. Saiba que é possível pedir ajuda sempre que precisar, principalmente para aqueles que se preocupam.
Sendo assim, construa uma base de apoio para os mais diversos momentos da vida. Estar em volta de pessoas queridas ajuda a ter mais autoconfiança, segurança e dedicação para enfrentar as situações desafiadoras.
Até que ponto devo ser resiliente?
É importante não utilizar essa característica como pretexto para atingir metas irreais e que prejudiquem a saúde.
Um dos sinais de que o senso de resiliência passou do limite, por exemplo, é quando uma pessoa não consegue discernir se determinadas metas são realistas ou não, e vai abrindo mão de outras coisas.
Desse modo, é possível sofrer consequências bastante dolorosas, como um burnout — um distúrbio emocional que leva à exaustão e ao estresse extremos. Além disso, levar um conceito inadequado de resiliência até os últimos limites gera outros transtornos, como a falta de tempo com a família e amigos.
Portanto, é muito importante entender que resiliência não é sinônimo de trabalho ininterrupto . Cumpra os objetivos (acadêmicos e/ou profissionais), dedique-se às atividades, mas tire um tempo para descansar e pensar em outras coisas.
Gostou de saber o que é resiliência? Perceba que o processo para desenvolvê-la é bastante longo e, provavelmente, dura a vida toda. Sendo assim, experimente dar um passo por vez até sentir que consegue lidar melhor com os imprevistos e as dificuldades.
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